segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Análise final Benfica x Porto

Por ricardo araújo pereira in A Bola



HÁ quem goste de ver o copo meio vazio, e há aqueles que preferem vê-lo sempre meio cheio. Eu sou diferente: à medida que vou bebendo até tenho dificuldade em ver o copo, quanto mais distinguir se está cheio ou vazio. Mas, no meu coração, o copo está sempre a transbordar. À partida para o jogo de ontem, tinha um sonho: 3-0. Marcadores: Cristian Rodriguez (hat-trick na própria baliza). Perante isto, o resultado de 1-1, em circunstâncias normais, deixar-me-ia deprimido. Não é o caso. Creio que há, neste empate, muitos aspectos animadores. Primeiro, eu ainda sou do tempo em que golos como o do Cardozo não eram validados em jogos contra o Porto, na Luz. Será que chegámos a um ponto em que basta o Benfica introduzir a bola na baliza para que um golo seja contabilizado? Por mais surpreendente que isto possa ser, aparentemente é verdade. Segundo, há que admitir que empatar contra o Porto em desvantagem numérica, não sendo excelente, chega a ser razoável. É importante não esquecer que o Porto, além de ser uma das melhores equipas portuguesas, é também uma das melhores equipas sul-americanas da actualidade. Terceiro, com o castigo a Katsouranis, no próximo jogo o Benfica será obrigado a jogar com dois defesas centrais na posição de defesa central. Chamem-me maluco, mas eu gosto disso.

Continuo convencido de que o Benfica vai ser campeão. Até porque, esta semana, Jesualdo Ferreira revelou sinais de grave incompetência. O treinador do Porto disse que nunca tinha visto o Bruno Alves dar um pontapé em ninguém. Ora, isto significa que Jesualdo Ferreira não viu o Estrela da Amadora-Porto do ano passado, em que o Bruno Alves deu um pontapé nas costas do Anselmo, nem o Leixões-Porto, em que o Bruno Alves deu um pontapé nas costas do Jorge Gonçalves, nem o Sporting-Porto, em que o Bruno Alves pisou uma perna do João Moutinho. Também acho mal que o professor Jesualdo não tenha visto aquele Porto-Benfica em que o Bruno Alves deu um pontapé seguido de uma cabeçada ao Nuno Gomes, mas aí não era treinador de nenhuma das equipas. Escandaloso é agora não assistir sequer aos jogos da equipa que treina.

Sei que, num jornal desportivo, se fala sobretudo de futebol. Mas, se me permitem, hoje gostaria de fazer uma curta incursão pela banda desenhada. Após reflexão cuidada, cheguei à conclusão de que o Hulk é um super-herói ridículo. Basicamente, o poder do Hulk é irritar-se e ficar verde. Ora, a cólera não é dos traços de carácter mais admiráveis, e ficar verde é uma atitude de um mau gosto que deveria afligir-nos a todos. Que raio de super-poder é irritar-se? Percebo que ficar no banco enquanto o Fernando é titular seja coisa para irritar um santo, mas não se pode dizer que seja um poder.

1 comentários:

senyrabbit disse...

Em parte não concordo contigo, o Porto é uma das melhores equipas portuguesas da batotice para lá, porque actualmente são uns batoteiros, e só ganham jogos a comprar os árbitros, e depois quando se vêm em frente de equipas muito mais fortes, e que não dá comprar os árbitros, ai vê-se a verdadeira qualidade do FCP. A melhor equipa portuguesa é sem dúvida o Benfica,(não digo isto por ser do Benfica, mas é a verdade )e já expliquei isso no meu blogue.